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Alzheimer, do espírito à matéria- Autor: André Luiz Alves Jr.

Iniciado por smaiza, Maio 02, 2016, 02:53:57

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ALZHEIMER, DO ESPÍRITO À MATÉRIA - Autor: André Luiz Alves Jr.



Foi numa segunda-feira, 25 de novembro de 1901, que Auguste Deter, uma senhora de 51 anos, internou-se no Hospital de Lunáticos e Epiléticos, de Frankfurt, na Alemanha, sob os cuidados do Dr. Alois Alzheimer. Protestante reformada, casada com um administrador de ferrovias e mãe de uma filha, Auguste D. apresentava o quadro de perda de memória, desorientação e alucinação iniciado há seis meses.

Os sintomas primários resumiam-se a crises de ciúmes excessivas do marido, posteriormente verificaram-se sinais de amnésia progressiva. Auguste D. não encontrava o caminho para voltar para casa e se perdia nas ruas do bairro; carregava consigo alguns de seus pertences e os escondia em locais inapropriados; invariavelmente acreditava que estava sendo perseguida e às vezes gritava imaginando que alguém queria matá-la.

Em pouco tempo, o estado de demência evoluiu significativamente e já na fase final da doença a paciente encontrava-se acamada e totalmente dependente dos cuidados de enfermagem. Não verbalizava, estava desorientada em tempo e espaço, seus membros se atrofiaram e, por permanecer restrita ao leito, apareceram as úlceras de pressão. Logo passou a apresentar incontinência urinária e fecal e sua imunidade se deprimiu, abrindo espaço para doenças oportunistas. Após 5 anos de internação, a paciente do Dr. Alzheimer faleceu.

Na necropsia, Alois Alzheimer teve a oportunidade de analisar o tecido nervoso de Auguste Deter e logo constatou uma atrofia significativa no córtex cerebral, com formação de placas senis e emaranhados neurofibrilares. O neurocientista percebeu que estava diante de uma nova descoberta. Foi então que Alzheimer elaborou cuidadosamente um artigo científico e o apresentou no 37° Congresso de Psiquiatria do Sudeste da Alemanha (South - West - German Society of Alienists) realizado no ano de 1906, com o título: "Uma Doença Peculiar dos Neurônios do Córtex Cerebral". A doença, que até então era desconhecida, mais tarde recebeu o nome do pesquisador que a descreveu, tornando-se conhecida como Doença de Alzheimer.

Fisiopatologia



A doença de Alzheimer é uma neuropatologia degenerativa, progressiva e incurável, que provoca uma atrofia acentuada no córtex cerebral. Em outras palavras, ocorre a morte gradativa do tecido nervoso, o que, por consequência, provoca uma mudança estrutural do encéfalo. O cérebro diminui de tamanho e a perda de conexão entre os neurônios irá resultar em demência. A demência é caracterizada pela ausência ou diminuição das funções do cérebro, alterando a parte cognitiva, a memória, o raciocínio, a linguagem e até mesmo a personalidade.

Atualmente o mal de Alzheimer é a principal causa de demência em pessoas acima de 65 anos. Estima-se que 44 milhões de pessoas no mundo são portadoras de algum tipo de demência, sendo que de 50 a 60% desses casos são desencadeados pelo Alzheimer. A doença tem forte relação com a idade e, como a população mundial tende a envelhecer, o número de casos deverá dobrar a cada 20 anos.

Causas

A ciência ainda estuda as causas da doença, mas acredita-se que o acúmulo das proteínas beta-amiloide e tau no cérebro, associadas à diminuição do neurotransmissor acetilcolina, possa ser o fator desencadeante. A formação dessas proteínas interrompe a mensagem neuronal no cérebro, que se torna danificado permanentemente. Outros fatores de riscos, tais como: influência genética, mas não necessariamente hereditária; contaminação por metais pesados (alumínio e manganês), traumatismo craniano, idade e baixa escolaridade, também podem estar relacionados ao Alzheimer.

Características de personalidades que tendem ao Alzheimer

          •          Introspecção, autoritarismo;
          •          Egoísmo;
          •          Depressão e isolamento;
          •          Falta de convívio social;
          •          Dificuldade para mudanças comportamentais, conservadorismo;
          •          Rotinas e manias que levam a transtornos obsessivos compulsivos
          •          Ausência da prática de leitura e estímulo de raciocínio, preguiça mental;
          •          Dificuldade para lidar com emoções, sentimentos e frustrações;
          •          Apego exagerado a bens materiais.

Sintomas



Os sintomas variam de acordo com os estágios da doença, que evoluem durante anos. No início os pacientes apresentam sinais que podem ser confundidos com a senilidade, como déficit de concentração e episódios de perda de memória recente. Nesta fase é comum o esquecimento de datas de aniversários de pessoas próximas, vencimentos de contas ou até mesmo não saber o dia da semana. Também é frequente a desorientação em espaço. Perdem-se na rua da própria casa, ou guardam objetos em locais descabidos. Alguns podem apresentar apatia, isolamento e agressividade.

Com o desenvolvimento da doença, os indivíduos enfrentam problemas ao tentar executar tarefas simples do dia a dia. Pentear o cabelo, se alimentar e escovar os dentes tornam-se um desafio. A amnésia evolui acentuadamente, a ponto de os pacientes não reconhecerem os próprios filhos. Nas fases finais deixam de se alimentar e ocorre a diminuição ou ausência dos movimentos e também da consciência, resultando em um estado de total dependência. A fragilidade do sistema imunológico facilita o desenvolvimento de outras doenças, agravando ainda mais o quadro. Nesta etapa o falecimento não tardará.

Doença de Alzheimer e Espiritismo

Estaria o mal de Alzheimer relacionado a delicados processos expiatórios, ou essa doença seria de origem puramente orgânica, sem qualquer relação com o Espírito?

É importante ressaltar que o tema que estamos debatendo ainda requer estudo mais aprofundado por parte dos pesquisadores do campo da ciência e também do Espiritismo. Ainda não há em nenhuma das vertentes estudos conclusivos acerca da doença.

As elucidações espíritas baseiam-se principalmente nas pesquisas realizadas pela Associação Médico-Espírita do Brasil. Não existem registros específicos atribuídos inteiramente à espiritualidade que possam descrever a doença. As fontes dos estudos espíritas se apoiam nas obras do Espírito André Luiz, pela psicografia do médium Chico Xavier. Alguns de seus livros tratam das influencias do Espírito sobre a matéria e vice-versa.

Segundo os estudiosos do Espiritismo, a doença de Alzheimer pode ter origem em conflitos do Espírito refletidos na matéria, o que a psicologia chama de somatização. No livro Nos Domínios da Mediunidade, psicografado por Chico Xavier, André Luiz explica que "assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual absorve elementos que o degradam, com reflexos sobre as células materiais".


Existem basicamente duas causas espirituais que podem estar atreladas ao desenvolvimento do Alzheimer.

Vejamos:

Obsessão: Indivíduos envolvidos em processos obsessivos graves e por longos períodos podem sofrer consequências orgânicas provenientes da emanação do pensamento doentio tanto do obsessor, quanto dele mesmo, imprimindo na matéria as consequências dessas vibrações. Tal ocorrência poderia explicar a atrofia acentuada no encéfalo que é uma característica do Alzheimer. Lembramos que o cérebro é a sede do pensamento e por isso seria a estrutura material mais prejudicada pelas baixas vibrações espirituais.

Auto-obsessão: Esta parece ser a principal causa do Alzheimer atribuída a origens espirituais. A auto-obsessão é um processo nocivo desencadeado pelo próprio Espírito, muito comum nas pessoas com rigidez de caráter, introspectivas, egocêntricas e portadoras de sentimentos doentios como o desejo de vingança, o orgulho e a vaidade. Invariavelmente o sentimento de culpa incutido inconscientemente no Espírito e que às vezes se arrasta por várias reencarnações é o fator determinante. O Espírito é chamado a ajustes com a própria consciência, necessitando de isolamento e esquecimento temporário de suas ações pretéritas.

Invariavelmente as pessoas com Alzheimer podem estar envolvidas nas duas situações acima, uma vez que o pensamento nocivo atrai Espíritos do mesmo padrão vibratório que acabam por iniciar um processo de obsessão mútua, uma espécie de simbiose. É evidente que este processo deve se arrastar por muito tempo até desencadear uma patologia física, por isso o Alzheimer é tão comum na fase senil. Angústias e tormentos psíquicos que duram uma vida inteira, muitas vezes com origem em outras existências, sucumbirão no final da vida física traduzidos em doenças diversas da matéria.

Independente da origem, a doença constitui grande oportunidade de aperfeiçoamento moral, não somente para o paciente, mas também para todos aqueles que estão diretamente envolvidos com o processo do cuidar. Os familiares que estão novamente reunidos para resgatar débitos contraídos entre si enfrentam provações dolorosas com a doença, porém reparadoras. Aquele que cuida hoje certamente foi algoz no passado e necessita reajustar sua conduta ou até mesmo desenvolver sentimentos que ainda não possui.  Para os cuidadores terceirizados, o ensejo é de exercitar a paciência, desenvolver a compaixão e o amor ao próximo, executando a missão escolhida por ele mesmo na espiritualidade.

Prevenção

Não existem vacinas ou medicamentos para prevenção da doença. Acredita-se que a adoção de hábitos saudáveis principalmente relacionados à saúde mental pode diminuir a probabilidade do aparecimento do Alzheimer. Pessoas com maiores níveis de escolaridade têm chances menores de desenvolver demência. Recomenda-se a prática da leitura, o exercício do raciocínio, o lazer e o estabelecimento de vínculos afetivos saudáveis. Qualquer atividade que mantenha as conexões neuronais ativas contribui para a higiene mental.

Do ponto de vista espiritual, orienta-se a prática da caridade, o desenvolvimento do amor ao próximo, o exercício incansável do bem e o trabalho edificante como profilaxia para doenças do Espírito. Retidão de caráter e elevação de pensamento contribuem para o aperfeiçoamento do Espírito e evitam transtornos de todas as ordens. Não esqueçamos a recomendação do Cristo: "Orai e vigiai".

http://www.entreespiritus.community/2016/05/alzheimer-do-espirito-materia-em.html
Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.
(Confúcio)

Victoria

Conheci pessoas que cuidam de doentes de Alzheimer e disseram-me que é horrível ver a deterioração de um ser humano.
É uma grande provação para o doente e para o cuidador.

Ziva75

Citação de: Aurora em Maio 22, 2016, 02:05:17
Conheci pessoas que cuidam de doentes de Alzheimer e disseram-me que é horrível ver a deterioração de um ser humano.
É uma grande provação para o doente e para o cuidador.

Não é fácil, Aurora! só quem conhece de perto e cuida no dia a dia consegue descrever o que sente mas já mais consegue descrever o que o outro com Alzheimer está a sentir!
Eu não diria horrível, mas sim, impotência indescritível.
"Treina-te para deixares ir tudo o que mais temes perder."

smaiza

E a provação para o doente, deixa de o ser, a partir do momento em que o próprio deixa de ter consciência de si mesmo e dos outros.

Daí achar que a provação será bem maior para a familia e amigos, do que para o proprio.
Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.
(Confúcio)

Ziva75

Citação de: smaiza em Junho 19, 2016, 10:52:58
E a provação para o doente, deixa de o ser, a partir do momento em que o próprio deixa de ter consciência de si mesmo e dos outros.

Daí achar que a provação será bem maior para a familia e amigos, do que para o proprio.


Verdade, sem qualquer duvida Smaiza! 
"Treina-te para deixares ir tudo o que mais temes perder."