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     Já todos ouvimos falar sobre guias ou anjos da guarda e todos julgam ter um à sua disposição para dele se socorreram nos momentos difíceis, mas será que a coisa é mesmo assim?

     Os autores das teorias religiosas que nos apresentam o guia protector também nos apresentam o karma como verdade incontornável, acabando por criar um conflito causado pela existência simultânea de ambos.

     Se eu tenho um karma para cumprir que me obriga a passar por dificuldades diversas ao longo da vida, colocando-me obstáculos que me causarão dor e sofrimentos vários como forma de pagamento de erros do passado, para que me serve ter um guia? Existem várias respostas possíveis sobre as quais convém reflectir.

     Uns dirão que os guias estão comigo para nos ajudarem a ultrapassar esses obstáculos e assim começam as contradições. Se o karma na verdade existe é porque é lei e tem que ser cumprida, pois algo que é passível de ser evitado com uma qualquer artimanha poderá ser evitado eternamente, deixando por isso de ser lei. Uma lei divina não tem lacunas que permitam a sua não execução. Por isso, um guia, se cumpre leis divinas nunca nos poderá ajudar a ultrapassar um obstáculo sob risco desse karma não ficar integralmente cumprido.

     Um guia poderá servir para nos dar intuição por forma a evitar-mos obstáculos que não fazem parte do nosso karma. Visto desta forma um guia seria um policia da nossa liberdade e o nosso livre arbitro caía por terra. Ele evitaria novos obstáculos ou desvios que nos pudessem surgir na vida, por forma a que o karma se cumprisse e mais uma vez não teria justificação que ele nos auxiliasse nas dificuldades para as quais ele mesmo nos conduziu.

     Também se pode pôr a hipótese de um guia servir para nos dar força para conseguirmos superar os obstáculos impostos pelo karma, assim como quando um pai incentiva um filho a superar uma prova física mais difícil. Mas vista desta forma a intervenção de um guia, teriam que ser revistos todos os atributos sobre o amor ao próximo tão alardeado.

     Como justificar como amor a atitude de dar força para aguentar as dores causadas por uma doença quando eles têm (segundo dizem) a capacidade de a curar? Para que hão-de ter uma capacidade se não é para a usarem?

     Como justificar que fiquem impávidos e indiferentes dando força para que um ser humano aguente o sofrimento provocado por torturas físicas e morais causadas por terceiros, para que dessa forma se redima de eventuais crimes que tenha provocado numa vida passada? Se a nós, simples mortais e pecadores isso dói só de saber que acontece, a eles que são considerados espíritos evoluídos e que como guias assistem ao vivo a todas estas torturas, não seria de doer ainda mais do que a nós? Algum de vós se tivesse as capacidades que ouvem dizer que eles têm, ficaria como espetador sem nada mais fazer do que incentivar a vitima a suportar o seu calvário?

     Só alguém que se compraz na dor e sofrimento alheios é que poderia ser o guia de alguém que sofre de violência doméstica, de doença incapacitante, de violação e maus tratos e de tantas outras situações de sofrimento horrível que acontecem na vida de milhões de humanos. Ou então a dita evolução moral retira aos mais evoluídos a capacidade de ter sentimentos perante a dor dos que cá andam.

     Podemos assim verificar que os guias podem curar mas não curam, podem influenciar os "maus" a serem moderados, mas não influenciam, podem avisar do perigo mas não avisam e tudo para que se cumpra o nosso dito karma. Se fosse um vizinho nosso que soubéssemos que agia desta forma consporcava-mos-lhe a imagem e desejava-mos para ele o inferno, mas como são guias espirituais santificamos-lhes estas atitudes.

     Algo está mal contado nesta história que nos impingem sobre os guias. E sabem porquê? Porque ninguém quer saber dos motivos pelos quais foi criada esta mentira. Mas talvez se comecem a interessar visto estar a chegar a hora de começarem as grandes tribulações. Mas pelo que parece já será tarde de mais.

     Continuem a revelar-lhes as mudanças que pretendem na vossa vida e a pedir-lhes auxilio para o conseguirem, para que dessa forma eles tudo façam para que os vossos planos fracassem. Não é isso que quase sempre vos acontece? E já perdestes tempo a tentar saber porquê?

     Henri Paincore dizia: - "Duvidar de tudo ou crer em tudo, são duas soluções igualmente cómodas, que nos dispensam, ambas de reflectir." Mas não nos livram das consequências desse alheamento.

     Talvez seja mais cómodo o conformismo e o lamento que a procura das causas, de interesses ocultos e de soluções.

Adorei o topico fleite, é muito revelador, é de facto bastante interessante, eu acredito que no fundo no fundo, muitos ja pensaram nisso mas preferem ignorar e continuar a sua vida sem sequer questionar. Espero por mais desenvolvimentos acerca deste topico