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A alma e a Inteligência

Iniciado por Fleite, Setembro 24, 2016, 03:10:32

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Fleite

    Defini-mo-nos como seres inteligentes, mas o que é a inteligência?

     Existem dois "consensos" de definição de inteligência. O primeiro, de Intelligence: Knowns and Unknowns, diz que:

     "Os indivíduos diferem na habilidade de entender ideias complexas, de se adaptarem com eficácia ao ambiente, de aprenderem com a experiência, de se empenharem nas várias formas de raciocínio, de superarem obstáculos mediante o pensamento...   Os conceitos de 'inteligência' são tentativas de aclarar e organizar esse conjunto complexo de fenómenos."

     Uma segunda definição de inteligência vem de Mainstream Science on Intelligence:

    "uma capacidade mental bastante geral que, entre outras coisas, envolve a habilidade de raciocinar, planear, resolver problemas, pensar de forma abstracta, compreender ideias complexas, aprender rápido e aprender com a experiência..."
Fonte: Wikipédia – inteligência.


     Dentro do conceito de "alma" pomos a inteligência como uma característica intrínseca, mas será que é assim mesmo? Será a inteligência um atributo da alma ou uma consequência da interação desta com o corpo, especialmente com o cérebro?

      Se for um atributo da alma porque é que uns são mais inteligentes do que outros? Se já partimos para a vida numa base de desigualdade como poderá a meta a alcançar ser igual para todos?

      Se não for um atributo da alma porque é que nesta vida nos exigem provas que dependem das características de um cérebro para serem conseguidas, quando esse cérebro nem sempre possui essas características de uma forma tão eficiente como seria necessário para as conseguir?

     Afinal a alma é a consciência, é a inteligência ou ambas ao mesmo tempo?

     Qual a sua opinião?

Hera

A Inteligência permite julgar a situação em que nos encontramos e então escolher o melhor comportamento para aquele momento.
Ter a capacidade de identificar os nossos próprios sentimentos e os dos outros, de nos motivarmos e de gerir bem as emoções dentro de nós e nos nossos relacionamentos.

Não basta ser intelectualmente inteligente é preciso desenvolver a inteligência emocional e espiritual.
A inteligência emocional nos ajudará a melhorar os relacionamentos e as decisões e a inteligência espiritual nos conscientizará da importância de estabelecer um propósito e uma visão de futuro... nos leva a perguntar e refletir se realmente queremos fazer parte dela.

Todas as pessoas são inteligentes em alguma coisa, mas a verdadeira e mais poderosa inteligência está no estoque de conhecimento de cada um de nós. E nós somos os responsáveis por administrar este estoque, mantendo-o disponível a todos.
Inteligência não é única e sim um conjunto de diferentes vertentes, sendo que determinadas pessoas teem que melhorar a desenvoltura.

Na minha opinião, ninguém compreende profundamente a Inteligência, mesmo os estudiosos do assunto, é normal as pessoas distorcerem, extrapolarem, inverterem, trocarem, misturarem, desordenarem ou mesmo destruírem...
Isso é normal porque somos seres humanos e errar é humano.

Cabe-nos a nós expandir o nosso estoque de Inteligência dentro de diferentes vertentes.

Nikita


      Se for um atributo da alma porque é que uns são mais inteligentes do que outros? Se já partimos para a vida numa base de desigualdade como poderá a meta a alcançar ser igual para todos?



Partindo deste pressuposto, penso que será a evolução de cada um que determina o uso que se faz do raciocínio e da inteligência. Se a pessoa for espiritualmente pouco evoluída, fará pouco ou mau uso da inteligência. Se for moral e espiritualmente desperta, fará uso para o bem dela mesma e de todos à sua volta.

Fleite

Citação de: Nikita em Setembro 25, 2016, 09:43:03

      Se for um atributo da alma porque é que uns são mais inteligentes do que outros? Se já partimos para a vida numa base de desigualdade como poderá a meta a alcançar ser igual para todos?



Partindo deste pressuposto, penso que será a evolução de cada um que determina o uso que se faz do raciocínio e da inteligência. Se a pessoa for espiritualmente pouco evoluída, fará pouco ou mau uso da inteligência. Se for moral e espiritualmente desperta, fará uso para o bem dela mesma e de todos à sua volta.


    Mas visto desta forma temos um grande problema, pois para evoluir necessitámos não só de ter inteligência como também e acima de tudo de ser inteligentes, que são coisas distintas. Eu não sou inteligente porque nasci humano, eu sou inteligente porque o meu cérebro me permite quantificar valores e assumir resoluções baseadas nesses valores.

     Temos aqui uma situação idêntica à dos sonhos, você lembra-se deles somente se o seu cérebro lhe permitir aceder à memória que ele guardou dos sonhos e não porque a sua alma (consciente) simplesmente se quer lembrar deles. Igualmente você só tem acesso à inteligência se o seu cérebro não tiver qualquer lesão que impeça o seu uso, e se souber usar o sentido critico para armazenar dados inteligentes.

     Se fosse o nível de evolução a determinar o uso da inteligência, então um evoluído seria um Às em todas as matérias e artes e isso está mais que provado que não acontece na vida real. Inclusive a evolução de que fala, relega a inteligência para segundo plano realçando os valores da fé que nada tem a ver com inteligência, pois crer no desconhecido exige fé e a inteligência exige dados palpáveis.

     Ser moral e espiritualmente desperto também já exige uma inteligência desenvolvida. Eu posso ter consciência de que estou a fazer algo que não está certo, mas não ter inteligência suficiente para o conseguir fazer melhor ou de outra forma. Por isso usamos muitas vezes a expressão "foi sem querer" depois de cometer alguma asneira, pois fize-mo-lo sem pensar nas consequências, portanto sem usar a inteligência.

     Eu, usando a inteligência procuro saber quem sou, de onde venho e para onde vou.

     Veja bem que na frase digo que "eu", usando a inteligência, pois é isto que acontece. Eu, sou "algo" (consciência, alma ou energia) que uso a inteligência, eu não sou a inteligência. Quando muito, eu "aliado"  à inteligência posso ser mais ou menos inteligente que outros humanos, mas nada mais que isso. A inteligência depende do acesso que eu tive ao conhecimento que outros me proporcionaram e da minha predisposição para querer saber cada vez mais, e isto acontece com toda a gente.

    Mas a pergunta ainda continua sem resposta provável: A alma é a consciência, é a inteligência ou ambas ao mesmo tempo?