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     Todos nós sabemos qual é o nosso signo do Zodíaco e no genérico das características individuais atribuídas a cada um dos signos, podemos dizer que 70 por cento dessas mesmas características descrevem o nosso verdadeiro carácter e atributos.

     Podemos dizer com pequena margem de erro que a forma como reagimos às aventuras que a vida nos proporciona está programada no nosso cérebro desde a sua formação, embora essa reacção possa ser alterada pelos resultados mais ou menos dolorosos das experiências que nos vão deixando marcas ao longo da vida.

     É assim como se durante a formação do nosso cérebro as energias emitidas por determinados astros moldassem as ligações dos nossos neurónios programando-nos para respostas emotivas de acordo com as características das energias dominantes (forças de gravidade principalmente).

     Entendo até que a acção dos astros começa na hora da fecundação e não na hora do nascimento. Quem é do signo de carneiro, não o será por nascer em Abril, mas sim por ter sido gerado em Julho, mas este é um pormenor de somenos importância.

     Esta forma de ver a astrologia acaba por ir de encontro às descobertas conseguidas pela ciência que demonstram que determinadas formas do comportamento humano têm uma origem no cérebro de uma forma independente da vontade do individuo. Esses estudos são feitos principalmente no que é considerado como desvios de comportamento, mas são considerados estudos sérios a ponto de quem os possui poder ser considerado inimputável, o que significa que não é responsável pelos seus atos.

     Se assim for, um individuo pode ser manso ou violento, compreensivo ou irascível, generoso ou egoísta, pachorrento ou frenético, introvertido ou extrovertido, etc,  por acção de forças da natureza que presidiram à formação do seu cérebro. Acresce a estas forças o ADN dos progenitores também ele carregado de energias e de onde advêm os comportamentos dos filhos comparáveis aos dos pais. Muitas vezes se diz que fulano tem o feitio do pai e a esperteza da mãe. Algo proporcionou que ele herdasse essas características e não outras, assim como também há filhos que não herdam nenhumas características idênticas às dos pais, como se nada tivessem a ver com os progenitores.

     É por tudo isto que na imensidão de humanos regidos por um mesmo signo os traços de carácter que os definem não são iguais para todos. Se fosse somente o signo a ditar a nossa personalidade teríamos um comportamento de manada (embora infelizmente isso também vai acontecendo).

     Podia agora divagar sobre se o facto de os animais terem características próprias segundo as suas espécies se deve ao facto de cada espécie ter data exacta para procriação, ser portanto cada espécie toda do mesmo signo e de por esse motivo também eles terem comportamentos condicionados pelo signo, mas isso seria entrar em devaneios e retirar a seriedade que este tema merece.

     Toda esta lenga-lenga tem um motivo. O titulo deste fórum é Your Souls, As vossas Almas, o que convida a falar da alma e dos seus meandros mais ou menos desconhecidos. Até que ponto a teoria da evolução espiritual colide com teoria da acção do signo de cada um na sua forma de defrontar a vida?

     Se a teoria dos signos estiver correta como pode uma alma que tem um veículo com características naturais violentas ser obrigado a agir de forma mansa quando as adversidades se apresentam? Ponho esta questão porque existem atitudes típicas da personalidade relativa ao signo de cada um que são executadas de uma forma quase hipnótica em que o individuo só se apercebe do que fez após já ter executado.

     As pessoas dizem: - o meu signo bate certinho com a minha maneira de ser, e ficam satisfeitas, mesmo quando algumas dessas características são mal vistas pela sociedade. Muitas tentam mudar mas quase sempre falham porque é lutar contra a forma como o seu intimo foi construído ainda no ventre da sua mãe, tornando-se assim como se fosse um vicio enraizado.

     Se a nossa missão é evoluir porque temos um veículo físico inadequado e incompatível com essa evolução? Há muitas peças a faltar no puzzle que explica o porquê da nossa vida.

     A todos um bom fim de semana.

    Fleite


     

Nunca tinha pensado nisso :)

É bom ter sempre contribuições assim para o fórum!


A problemática dos signos é muito mais complexa do que aquilo que geralmente as pessoas percebem. Como diz, a grande maioria das pessoas lê o que diz o seu signo e diz se está certo ou não.
Bem, aquilo que é o signo de cada um é apenas o local onde o Sol se encontrava na altura do nascimento, é o signo solar. Pode ser mais ou menos parecido com aquilo que a pessoa é (ou pensa que é), mas geralmente só aflora os aspectos mais visíveis da personalidade de cada um.

A questão é que para fazer um mapa astrológico é preciso ter em conta muitas outras coisas, por isso, para que essa complexidade fique mais patente na mente de quem está a ler, ficam aqui algumas questões a ter em conta na contrução de um mapa:
- A influência do Sol é muito conhecida, também se fala muito do ascendente, mas não se dá a relevância que lhe é devida.

- Depois temos a influência da Lua, Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e Neptuno. Cada um destes plantes, incluíndo o Sol, representa uma faceta da personalidade da pessoa, e assim, cada uma dessas facetas, consoante o signo em que se encontre na altura do nascimento, adquire contornos diferentes.

- Mas não ficamos por aqui. O mapa está divido em casas, sendo que cada casa representa uma esfera da vida do sujeito. Assim, uma Lua em Virgem na 2ª casa é uma coisa, e uma Lua em Virgem na 6ª casa é outra. Da mesma maneira, uma Lua em Virgem na 2ª casa é uma coisa e uma Lua em Carneiro na 2ª casa é outra.

- Para além disto, o mapa tem também em conta as relações que os planetas estabecem entre si no mapa, naquilo a que é chamado de Aspectos.
Há aspectos positivos e há aspectos negativos. Consoante o tipo de planeta e o tipo de aspecto, as características positivas ou negativas que os planetas que formam o aspecto têm são mais ou menos potencializadas.

- Assim a tal Lua em Virgem na 2ª casa, se estiver aspectada por um Júpiter é uma coisa, e se estiver aspectada por Saturno é outra. E também são coisas diferentes consoante o aspeto for positivo ou negativo.

- Outra coisa a ter em conta é a distribuição dos planetas no mapa. Estão distribuídos de forma uniforme? Estão mais concentrados em alguma zona, ou casa? Há casas vazias? Tudo isto tem influências no resultado final, bem como se os planetas estão mais distribuídos por signos de Terra ou Fogo, por exemplo, ou em signos Cardinais ou Fixos, por exemplo.


Fazer uma mapa astrológico não é uma coisa simples, pelo contrário, é muito trabalhoso. Vai muito mais além de falar do signo solar e do ascendente. O volume de informação gerado por todas as coisas que é preciso ter em conta é muito, e depois de obtido, tem de ser trabalhado de forma a que as diferentes características se combinem umas com as outas num todo coerente.

Assim, em relação à questão para que serve a teoria astrológica na evolução espiritual, aquilo que é a minha experiência, ter uma análise astrológica bem feita pode ser um passo importante, porque é muito reveladora de certos detalhes da nossa personalidade.

Esta análise não deve servir para dizer que sou assim porque os astros assim o determinaram e por isso, pobre de mim, não há nada a fazer.
Quando comecei a interessar-me pela astrologia e a fazer mapas percebi duas coisas: primeiro, não me fazia sentido usar a astrologia para fazer futurologia, segundo, as coisas não estão determinadas, fixas num futuro imutável.
Para mim a astrologia é importante para perceber aquilo com que vim ao mundo, qualidades, defeitos, pontos fortes e pontos fracos.
Não para me orgulhar das coisas boas e desculpar-me das coisas más, mas, precisamente, para tentar evoluir nas coisas menos boas, apoiando-me nas características em que sou mais forte.

Uma pessoa pode ter um mapa mais "violento", se assim o quisermos definir. Mas isso não deve ser encarado como uma sentença, uma imutabilidade, uma fatalidade. Deve ser encarado como uma ferramenta de trabalho, já que o mapa acaba por dar pistas para os porquês de a pessoa ser mais dada à violência e uma vez que dá pistas para os porquê, torna-se mais fácil descortinar formas de contornar essas características e controlar a agressividade.

Tudo está nas mãos de quem recebe a informação e do que pretende fazer com ela. Aprender, melhorar, evoluir, ou justificar-se com a tirania do destino e deixar tudo na mesma?
A escolha é de cada um.


Nota: tudo o que eu disse é referente a pessoas com um perfil psicológico dentro do espectro do "normal".
Por exemplo, há uma percentagem baixa de pessoas que têm depressões endógenas, ou seja, não são provocadas por elementos externos à sua vida mental, por acontecimentos de vida, mas por desequilibrios químicos no cérebro. Não sei se a interpretação astrológica é correcta para pessoas cuja biologia escapa aquilo que devia ser o desenvolvimento normal do cérebro.
"A lei da mente é implacável:
O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que você acredita, torna-se realidade." (Buda)