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Retirada de uma pedreira em Thorsberg, na Suécia, onde é extraído calcário, uma estranha rocha está a mudar a nossa compreensão da formação do sistema solar.

O meteorito em causa está enterrado em Thorsberg há pelo menos 470 milhões de anos, e recebeu o nome de Oest 65.

Não é muito grande, mas calcula-se que seja na realidade uma lasca de uma outra rocha, maior – um asteróide com 20 a 30 km de diâmetro.

A história desta pedra começou há cerca de 3 mil milhões de anos, quando o asteróide que a originou atingiu um outro asteróide, com cerca de 100 a 150 km de diâmetro.

Na colisão, o objecto maior fragmentou-se, formando uma "nuvem de pedras" entre Marte e Júpiter.

Desde essa colisão, têm chovido restos do asteróide maior, na forma de condritos, que até hojecaem na Terra.

Mas a composição da pedra Oest 65 é diferente.

A Oest 65 é rica em elementos como o irídio, que é relativamente raro na Terra, e de um isótopo particular do néon, em proporções diferentes dos condritos que são encontrados na região.

Há 470 milhões de anos, esta pedra caiu sobre um oceano, afundando-se até ao leito arenoso, que formou o que hoje é a pedreira de calcário de Thorsberg.

Juntamente com esta pedra extraordinária, foram também encontrados cerca de uma centena de condritos.

A queda do Oest 65 coincidiu com um período em que o nosso planeta tinha só um continente, a Gondwana, e estava a acontecer uma expansão massiva de vida invertebrada nos oceanos da Terra.

Os cientistas começam agora a considerar que a pedra será "um resto de um meteorito extinto", porque o corpo que o originou já foi completamente consumido por colisões no espaço – o que significa que não veremos nunca mais quedas de fragmentos seus.

A descoberta deste fragmento de meteorito é importante, porque mostra que os meteoritos, usados como base de muitas suposições sobre a formação do sistema solar, não são afinal assim tão representativos do que era a cintura de asteróides há 500 milhões de anos atrás.

O resultado da descoberta foi publicado na Nature Communications, num artigo de Birger Schmitz, investigador da Universidade Lund, na Suécia.

ZAP / HypeScience
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