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Contracepção de Barreira e Hormonal

Iniciado por Tatiana, Maio 16, 2016, 08:28:54

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Tatiana

QUAL É O MELHOR MÉTODO ANTICONCEPCIONAL?


Não existe uma resposta correta para a pergunta acima. Na verdade, todos os métodos contraceptivos têm suas vantagens e desvantagens. É fácil saber qual é o método mais efetivo, qual é o mais barato, qual é o mais cômodo, qual é o que dura mais tempo, etc. Agora, a definição sobre o melhor é individual e depende do quanto você valoriza cada uma dessas características.
Antes de escolher um método anticoncepcional, dê uma olhada nas perguntas abaixo. Elas lhe ajudarão a definir que tipo de método de controle de natalidade é o mais adequado para o seu perfil.
1. Você planeja engravidar em breve?
2. Você deseja um método contraceptivo de eficácia curta, prolongada ou definitiva?
3. Você tem relações sexuais frequentemente?
4. Você se importa de tomar comprimidos diariamente?
5. Você conseguiria tomar um comprimido todos os dias sem se esquecer? E se fosse um comprimido por dia sempre na mesma hora?
6. O quão importante é espontaneidade de uso de um contraceptivo?
7. Você considera importante que o seu método contraceptivo também possua proteção contra doenças sexualmente transmissíveis?
8. O custo do método anticoncepcional é um problema?
9. Você se importaria de se submeter a uma cirurgia?
10. Você gostaria que o seu método anticoncepcional também trouxesse outros benefícios para a sua saúde além da contracepção em si?
11. Você se importaria de utilizar um método contraceptivo que pudesse ter efeitos colaterais?
Descobrir qual é o método que mais se adapta a você é importante não só para o sucesso da contracepção, mas também para que você se sinta à vontade para usá-lo de forma prolongada.
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS DE BARREIRA
Chamamos de método anticoncepcional de barreira os métodos que se baseiam em criar uma barreira física ou química entre os esperma ejaculado e o útero da mulher.
1. Camisinha
A camisinha é um dos métodos contraceptivos mais populares no mundo, sendo o principal método utilizado pelos homens. Não possui contraindicações nem efeitos colaterais relevantes, apesar de algumas pessoas terem alergia ao látex, material usado para confeccionar a camisinha. Para estas pessoas alérgicas existem camisinhas feitas com outros materiais, como poliuretano.
A camisinha além de ser um eficaz método de controle de natalidade também serve para prevenir doença sexualmente transmissíveis
O seu custo é baixo, não necessita de auxílio médico e a duração da contracepção é curtíssima, apenas o tempo da relação sexual. A camisinha deve ser descartada após o fim de cada relação.
2. Camisinha feminina
A camisinha feminina é a versão do preservativo para as mulheres. Ela também é um método de barreira, servindo ao mesmo tempo como proteção contra DST e gravidez. A camisinha feminina é atualmente feita de borracha nitrílica (antigamente era poliuretano) e cobre toda a mucosa da vagina, impedindo que o pênis e suas secreções tenham contato direto com a mesma.
Apesar de terem a mesma lógica, a camisinha feminina é muito menos popular que a sua versão masculina, provavelmente porque ela não é tão simples de ser utilizada e a sua taxa de eficácia é mais baixa que a da camisinha masculina (falaremos sobre as taxas de eficácia de cada método ao final do artigo)
3. Diafragma
O diafragma é um método anticoncepcional feminino que consiste em uma cúpula flexível de silicone, com um lado côncavo e outro convexo, que precisa ser colocado à frente do colo do útero. Em geral, deve-se preenche a cúpula com espermicida antes da introdução para aumentar o seu efeito contraceptivo.
Existem vários tamanhos de diafragma, e a mulher deve encontrar aquele mais adequado para si para que o método funcione de forma satisfatória. Quando a mulher engorda ou emagrece de forma relevante, o tamanho do diafragma pode ter que ser alterado.
Ao contrário da camisinha feminina, o diafragma não cobre toda a mucosa da vagina, não sendo, portanto, um método anticoncepcional capaz de prevenir doenças sexualmente transmissíveis.
O diafragma não é descartado após cado ato sexual. Após removido, ele pode ser lavado e utilizado novamente em outras relações sexuais.
Assim como a camisinha feminina, o diafragma não é um método contraceptivo muito popular, sendo utilizado por somente 1% das mulheres sexualmente ativas.
4. Esponja vaginal
A esponja vagina é outra opção de método anticoncepcional de barreira para as mulheres.
A lógica por trás da esponja é semelhante à do diafragma, ela cobre a entrada do útero, mas não protege a mucosa da vagina, não servindo como proteção para as doenças sexualmente transmissíveis.
A esponja contraceptiva é um dispositivo macio, em forma de disco, feito de espuma de poliuretano e com uma alça para facilitar a sua remoção. A esponja já vem com espermicida e deve ser molhada antes de ser inserida na vagina. A esponja só deve ser retirada após 6 horas da última relação sexual, podendo permanecer dentro da vagina por até 30 horas. Não é preciso trocar a esponja se mais de uma relação sexual ocorrer dentro do prazo de 24 horas.
Ao contrário do diafragma, não há tamanhos diferentes para a esponja. A sua eficácia em mulheres que já tiveram pelo menos um parto é mais baixa que nas mulheres que nunca pariram.
5. Espermicida
O espermicida pode ser considerado um método de barreira porque cria uma barreira química que impede a chegada dos espermatozoides ao útero feminino. Todavia, quando usado isoladamente, sem outro método contraceptivo complementar, como camisinha, esponja ou diagrama, a sua taxa de sucesso é inaceitavelmente baixa.
Os espermicidas podem ser encontrados sob a forma de gel, espuma, creme ou supositórios. A aplicação é simples e igual ao de qualquer gel vaginal que a maioria das mulheres já utilizou alguma vez na vida.
O espermicida deve ser aplicado preferencialmente entre 10 e 30 minutos antes da relação sexual e não deve ser retirado por pelo menos 6 a 8 horas. Se o ato sexual demorar mais de 1 hora para ocorrer após a aplicação do espermicida, a sua eficácia torna-se ainda mais baixa que a habitual.
O espermicida não parece perturbar de forma significativa a flora vaginal, embora tenha sido observado um pequeno aumento nos casos de vaginose bacteriana nas mulheres usuárias deste método.
Irritação vaginal não é incomum, sendo um motivo frequente para abandono deste método. O espermicida não protege contra as doenças sexualmente transmissíveis, e nas mulheres que fazem irritação vaginal, o risco de contágio até aumenta.
Os espermicidas não provocam má-formações fetais, não havendo risco para o bebê caso a mulher o utilize sem saber que está grávida.
MÉTODOS ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS
Chamamos de métodos anticoncepcionais hormonais todos aqueles que se baseiam na utilização de hormônios sexuais femininos, nomeadamente a progesterona e o estrogênio, para manipular o ciclo menstrual.
Atualmente existem diversos formas de anticoncepção hormonal, seja em comprimidos, injeção, implante, anel vaginal, etc. Existe também o DIU à base de hormônio, mas esse será abordado no tópico sobre anticoncepcionais intrauterinos.
Os contraceptivos hormonais são extremamente eficazes para impedir uma gravidez, mas não têm ação nenhuma na proteção contra as doenças sexualmente transmissíveis.
6. Pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional é junto com a camisinha masculina o método contraceptivo mais popular em todo o mundo. A pílula é composta pelos hormônios progesterona e estrogênio e deve ser tomada diariamente, sem falhas.
Se tomada de forma correta, a pílula é extremamente eficaz em inibir a ovulação, sendo um dos melhores métodos contraceptivos. Porém, se a mulher não for disciplinada e esquece-se frequentemente de tomar a sua dose diária, a pílula pode falhar, permitindo a ocorrência de uma gravidez indesejada.
Por ser um método que manipula o ciclo ovulatório feminino, a pílula só deve ser utilizada sob orientação médica. O anticoncepcional oral não tem efeitos somente contraceptivos, ele pode ser benéfico em diversos problemas, como nas cólicas menstruais, no controle do sangramento uterino, na TPM, no controle da acne, etc. A pílula também ajuda a reduzir a incidência de alguns tipos de cânceres, como o câncer de ovário e endométrio.
Por outro lado, os anticoncepcionais orais podem provocar diversos efeitos colaterais, principalmente aqueles com doses mais altas de estrogênio. Trombose e complicações cardiovasculares são alguns dos problemas que, apesar de incomuns, podem ocorrer.
O assunto pílula anticoncepcional é muito extenso, por isso, se você deseja saber mais, acesse os seguintes artigos:
7. Minipílula
A preocupação com os efeitos colaterais provocados pela presença do estrogênio nas pílulas anticoncepcionais comuns levou ao desenvolvimento da minipílula, um anticoncepcional hormonal que contém apenas o hormônio progesterona.
A minipílula não age só inibindo a ovulação, mas também provocando um espessamento do muco cervical, o que impede a chegada dos espermatozoides à trompa, e impedindo a proliferação da parede interna do útero (endométrio), o que atrapalha a implantação de um possível óvulo fecundado.
A minipílula é, na teoria, tão eficaz quanto a pílula, com a vantagem de provocar menos efeitos colaterais. O grande problema da minipílula é a necessidade de ser tomada todos os dias praticamente na mesma hora. Um simples atraso de 3 horas ou mais é suficiente para que a minipílula perca o seu efeito protetor. Portanto, apesar de ter potencialmente o mesmo efeito protetor das pílulas comuns, na prática, a quantidade de falhas é maior, pois é preciso muita disciplina para tomar a minipílula por vários meses seguidos sem perder a hora de vez em quando.
8. Pílula do dia seguinte (PDS)
A pílula do dia seguinte é uma pílula com doses muito elevadas de hormônios e só deve ser usada de forma pontual e emergencial. Portanto, a pílula do dia seguinte não pode ser encarada como um método anticoncepcional habitual, ela é apenas um método contraceptivo de emergência.
Se você precisa recorrer à PDS com frequência, você está fazendo errado! Além de estar se expondo a quantidades elevadas, desnecessárias e perigosas de hormônios, ainda está utilizando um método de contracepção muito menos eficaz que a pílula comum ou a minipílula.
A pílula do dia seguinte foi desenvolvida para ser utilizada como uma medida emergencial de contracepção para os casos em que o método anticoncepcional habitual falhar, como por exemplo, quando a camisinha estourar ou um diafragma que saiu do lugar.
Para ser eficaz, a PDS precisa ser tomada o mais rápido possível, havendo um limite de 72 horas para que ela possa ser útil. Depois de 3 dias, a pílula já não é mais capaz de impedir uma gravidez.
Atenção: a pílula do dia seguinte não é abortiva. Se você já estiver grávida, tomá-la não fará você abortar.
9. Anticoncepcional injetável
O anticoncepcional hormonal também pode ser administrado pela via injetável em intervalos de 30 ou 90 dias, dependo da marca utilizada. Existem anticoncepcionais injetáveis compostos apenas por progesterona, como o acetato de medroxiprogesterona, e outros compostos por progesterona e estrogênio, como o acetato de medroxiprogesterona + cipionato de estradiol.
O anticoncepcional injetável pode ser encontrado sob a forma de administração intramuscular ou subcutânea. Em geral, a aplicação é feita pelo ginecologista no consultório ou por uma enfermeira no posto de saúde. As administrações costumam ser agendadas para que a mulher tenha um maior controle das datas limites. A eficácia dos anticoncepcionais com administração mensal ou trimestral é igual, mas este último é mais cômodo, pois protege por mais tempo e são necessárias apenas 4 aplicações por ano.
Apesar da menstruação poder ficar suprimida durante o uso do anticoncepcional injetável, isso não causa nenhum mal às mulheres.
Os anticoncepcionais injetáveis possuem um perfil de benefícios e efeitos colaterais semelhantes à pílula anticoncepcional.
10. Adesivo anticoncepcional
Outra opção para quem pretende utilizar um contraceptivo hormonal, mas não quer levar picadas de agulha e não deseja ter o incômodo de tomar comprimidos todos os dias, é o adesivo anticoncepcional, um produto comercializado sob o nome de Evra (norelgestromina + etilenoestradiol).
Como o próprio nome diz, esta forma de contracepção é um adesivo, de formato quadrado com cerca de 4,5 cm x 4,5 cm, que deve ser aplicado à pele e substituído por um novo a cada 7 dias. Depois de 3 semanas, a mulher deve dar uma pausa de 1 semana para menstruar.
O adesivo pode ser aplicado no braço, costas, nádegas ou na barriga. Ele não sai com facilidade e não há problema algum em tomar banho e molhá-lo.
Para saber mais detalhes sobre o adesivo anticoncepcional, leia:
11. Implante anticoncepcional
O implante anticoncepcional é atualmente o método contraceptivo com a maior taxa de eficácia, com cerca de 99,95% de sucesso.
Esta forma de contracepção hormonal se baseia na implantação subcutânea de um fino bastão de plástico com etonogestrel, uma forma sintética de progesterona, em seu interior. O bastão fica por baixo da pele e libera de forma lenta e contínua o hormônio para a circulação sanguínea.
O bastão é implantado no consultório do ginecologista e necessita apenas de anestesia local.  O local escolhido costuma ser a parte interna do braço e o procedimento dura 2 ou 3 minutos apenas.
O efeito contraceptivo do implante tem duração de 3 anos, sendo um método bastante confortável para quem deseja uma contracepção prolongada, mas não definitiva.
O maior problema deste método é o seu preço. Cada implante chega a custar cerca de 700 reais. Porém, como ele só precisa ser comprado a cada 3 anos, ao final deste tempo, o custo compensa.
12. Anel vaginal
O anel vaginal é outra opção de contracepção hormonal disponível no mercado. Este método anticoncepcional é um anel flexível, feito de silicone, que libera de forma lenta progesterona e estrogênio (etonogestrel + etinilestradiol).
O anel pode ser inserido pela própria mulher e não causa nenhum incômodo, mesmo durante a atividade sexual. O anel fica na vagina por 3 semanas e depois é desprezado. Após uma semana de pausa, um novo anel deve ser introduzido.


fonte:
http://www.mdsaude.com/2014/12/metodos-anticoncepcionais-2.html


Victoria

Estas são as mais comuns mas, poderão não ser as mais cómodas, pois pode haver esquecimentos.
Numa relação inicial uso (peço para ele usar) sempre o preservativo