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Agostinho, o Santo Agostinho dos Católicos (354 - 430 D.C)

Em sua autobiografia "Confissões", 1:6, faz esta pergunta: "Não terei eu vivido em outro corpo, em alguma outra parte, antes de entrar no útero de minha mãe?"   

É dele também a assertiva contida na mesma Obra: "Dizei-me, eu vo-lo suplico, ó Deus, misericordioso para comigo, que sou miserável, dizei se a minha infância sucedeu a outra idade já morta, ou se tal idade foi a que levei no seio de minha mãe? (...) E antes desse tempo, quem era eu, minha doçura, meu Deus? Existi, porventura, em qualquer parte? Era Eu, por acaso, alguém?"

A reencarnação sempre foi proclamada pelas culturas religiosas orientais, mesmo antes do Cristianismo. O próprio Cristo falava abertamente da reencarnação, consoante se vê, por exemplo, em Mateus 11:14. Infelizmente, de um modo geral, sempre a verdade, principalmente a religiosa, esteve submetida a caprichos e interesses humanos, muitos destes justificados pela vaidade ou pelo jogo político de poder.

Em verdade vos digo que, entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João o Batista; mas aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele.
E, desde os dias de João o Batista até agora, se faz violência ao reino dos céus, e pela força se apoderam dele.
Porque todos os profetas e a lei profetizaram até João.
E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir.

Mateus 11:11-14

Assim, Teodora, esposa do imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia que pudesse reencarnar como negra e escrava, por isso pressiona o papa Virgílio, que ascendera ao pontificado pela intervenção do general Belisário, a fim de que fosse excluído o princípio da reencarnação no Catolicismo.

Era, então, meado do século VI, no ano de 553, quando o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para agradar o Império Bizantino, resolveu abolir tal certeza, cientificamente justificada, substituindo-a pela palavra ressurreição, que ataca toda ordem natural do processo da vida neste planeta.

A Igreja de Roma rejeita todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores teólogos de todos os tempos, e execra nessa assembleia dos bispos o princípio da reencarnação.

A doutrina das vidas sucessivas, que foi também doutrina de Platão e da Escola de Alexandria, impregnava inteiramente o Cristianismo primitivo. Todas as correntes do pensamento oriental se reuniam para inocular em a religião que surgia uma vida nova e ardente. Nessas fontes bebiam os cristãos mais ilustres os elementos da sua ciência e do seu gênio. Orígenes, Clemente, a maior parte dos padres gregos ensinavam a pluralidade das existências da alma. Ainda no século IV São Jerônimo, na sua controvérsia com Vigilantius, reconhecia que a crença nas vidas sucessivas era a da maioria dos cristãos do seu tempo. Origenes, sobre esse ponto de doutrina, não foi condenado pela Igreja, como o supôe o padre Coubé. O Concilio de Calcedônia e o quinto de Constantinopla rejeitaram, não a crença na pluralidade das vidas da alma, mas simplesmente a opinião de Origenes de que...

    a união do espírito com o corpo é sempre uma punição
    e a de que a alma viveu primeiro no estado angélico.

Este ilustre pensador, que São Jerônimo considerava como «o maior dos cristãos depois dos Apóstolos», não levava muito em conta a lei de educação e de evolução dos seres.

Na realidade, a Igreja nunca se pronunciou sobre a questão das existências sucessivas, que continua aberta às possibilidades do futuro. Em todas as épocas, membros eminentes do clero católico adotaram essa crença e a afirmaram publicamente.

No século décimo quinto, o cardeal Nicolau de Ousa sustentou, em pleno Vaticano, a teoria da pluralidade das existências da alma e a dos mundos habitados, não só com o assentimento, mas com os aplausos sucessivos de dois papas: Eugénio IV e Nicolau V.
       

Eis aqui outros testemunhos mais recentes:

Em 1843, no seu mandamento, monsenhor de Montal, bispo de Chartres, falava nestes termos da preexistência e das reencarnações: «Pois que não é defeso crer na preexistência das almas, quem pode saber o que se terá passado, nas idades longínquas, entre Inteligências?»

G. Calderone, diretor da «Filosofia della Scienza», de Palermo, que abriu um largo inquérito sobre as ideias dos nossos contemporâneos acerca da reencarnação, publicou algumas cartas trocadas entre monsenhor L. Passavalli, arcebispo vigário da basílica de S. Pedro, em Roma, e o Sr. Tancredi Canonico, senador do Reino, Guarda dos Selos, presidente da Suprema Corte de Cassação da Itália e católico convencido.

citemos duas passagens de uma carta de monsenhor Passavalli:

«De meu espírito desapareceram para sempre as dificuldades que me perturbavam quando Estanislau, «de santa memória» (monsenhor Estanislau Fialokwsky, morto em Cracóvia a 18 de janeiro de 1885), a cujo espirito atribuo em grande parte esta nova luz que me ilumina, me anunciava pela primeira vez — a doutrina da pluralidade das vidas do homem. Sintome feliz por haver podido verificar o efeito salutar dessa verdade sobre a alma de meu irmao.»

«Parece-me que se fosse possível propagar a ideia da pluralidade das existéncias da alma, quer neste mundo, quer no outro, como meio de realizar a expiação e a
purificação do homem, com o objetivo de torná-lo finalmente digno de si e da vida imortal dos céus, já se teria dado um grande passo, pois isso bastaria para resolver os problemas mais intrincados e mais árduos que atualmente agitam as inteligências humanas. Quanto mais penso nessa verdade, mais ela se me mostra grande e fecunda de consequências práticas para a religião e para a sociedade.» (a) Luís, arcebispo.

Da correspondência inédita de T. Canonico, publicada ultimamente em Turim, resulta que ele próprio fora iniciado na crença da reencarnação por Towiansky, escritor católico muito conhecido. Numa extensa carta, que traz a data de 30 de dezembro de 1884, ele expõe as razões pelas quais acha que essa crença nada tem de contrária à Religião Católica, apoiando-se em muitas citações das Santas Escrituras.


A Reencarnação nos Primeiros Séculos do Cristianismo:



A doutrina da reencarnação é uma constante em Orígines, como o fora anteriormente para Pitágoras, Sócrates, e toda a tradição órifca grega até Plotino.

Orígene tinha consciência de indícios desta doutrina no próprio evangelho, como em:

    Lucas 1:13-17;

    Mateus 17:9-13

    e em João 3:1-15.

Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Isabel, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de João.
E terás prazer e alegria, e muitos se alegrarão no seu nascimento,
Porque será grande diante do Senhor, e não beberá vinho, nem bebida forte, e será cheio do Espírito Santo, já desde o ventre de sua mãe.
E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor seu Deus,
E irá adiante dele no espírito e virtude de Elias, para converter os corações dos pais aos filhos, e os rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto

Lucas 1:13-17


E, descendo eles do monte, Jesus lhes ordenou, dizendo: A ninguém conteis a visão, até que o Filho do homem seja ressuscitado dentre os mortos.
E os seus discípulos o interrogaram, dizendo: Por que dizem então os escribas que é mister que Elias venha primeiro?
E Jesus, respondendo, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro, e restaurará todas as coisas;
Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram, mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho do homem.
Então entenderam os discípulos que lhes falara de João o Batista

Mateus 17:9-13

E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?
Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus.
O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito.
Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim étodo aquele que é nascido do Espírito.
Nicodemos respondeu, e disse-lhe: Como pode ser isso?
Jesus respondeu, e disse-lhe: Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?
Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos, e testificamos o que vimos; e não aceitais o nosso testemunho.
Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?
Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do homem, que está no céu.
E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado;
Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

João 3:1-15

Igualmente, com os mistérios gregos, admitia que nosso universo é constituído por uma série de habitados, onde a alma se aperfeiçoa (isto séculos antes de Giordano Bruno e de Kardec). Diz-nos Orígines: "Deus não começou a agir pela primeira vez quando criou este nosso mundo visível. Acreditamos que (...) antes deste houve muitos outros". Tal concepção nos lembra, e muito, a concepção de Pierre Teilhard Chardin. Orígines, como Chardin, acredita que tudo no universo tende a voltar a Deus, o ponto ômega. Todos os espíritos se purificarão em sua marcha progressiva pela eternidade em direção a Deus, uma marcha longa e gradual, de correção e expiação, passando, portanto, por inúmeras reencarnações neste e em outros mundos! (Reale & Antiseri, 1990). Diz Orígines: "Devemos crer que (...) todas as coisas serão reintegradas em Deus (...). Isso, porém, não acontecerá num momento, mas lenta e gradualmente, através de infinitos séculos, já que a correção e a purificação advirão pouco a pouco e singularmente: enquanto alguns com ritmo mais veloz se apressarão como primeiros na meta, outros os seguirão de perto e outros ainda ficarão muito para trás. E assim, através de inumeráveis ordens (...)"

VOCÊ SABIA QUE A REENCARNAÇÃO ERA ACEITA PELA IGREJA CATÓLICA ATÉ O ANO DE 553?

Porque a Reencarnação passou a ser condenada pela Igreja Católica O Concílio de Constantinopla – 553 D.C

Até meados do século VI, todo o Cristianismo aceitava a Reencarnação que a cultura religiosa oriental já proclamava, milênios antes da era cristã, como fato incontestável, norteador dos princípios da Justiça Divina, que sempre dá oportunidade ao homem para rever seus erros e recomeçar o trabalho de sua regeneração, em nova existência.

Aconteceu, porém, que o segundo Concílio de Constantinopla, atual Istambul, na Turquia, em decisão política, para atender exigências do Império Bizantino, resolveu abolir tal convicção.
       
É que Teodora, esposa do famoso Imperador Justiniano, escravocrata desumana e muito preconceituosa, temia retornar ao mundo, na pele de uma escrava negra e, por isso, desencadeou uma forte pressão sobre o papa da época, Virgílio, que subira ao poder através da criminosa intervenção do general Belisário, para quem os desejos de Teodora eram lei.
       
E assim, o Concílio realizado em Constantinopla, no ano de 553 D.C, resolveu rejeitar todo o pensamento de Orígenes de Alexandria, um dos maiores Teólogos que a Humanidade tem conhecimento.
       
As decisões do Concílio condenaram, inclusive, a reencarnação admitida pelo próprio Cristo, em várias passagens do Evangelho, sobretudo quando identificou em João Batista o Espírito do profeta Elias, falecido séculos antes, e que deveria voltar como precursor do Messias (Mateus 11:14 e Malaquias 4:5).

E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir

Mateus 11:14

Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor;

Malaquias 4:5

Agindo dessa maneira, como se fosse soberana em suas decisões, a assembleia dos bispos, reunidos no Segundo Concílio de Constantinopla, houve por bem afirmar que reencarnação não existe, tal como aconteceu na reunião dos vaga-lumes, conforme narração do ilustre filósofo e pensador cristão, Huberto Rohden, em seu livro "Alegorias", segundo a qual, os pirilampos aclamaram a seguinte sentença, ditada por seu Chefe D. Sapiêncio, em suntuoso trono dentro da mata, na calada da noite:

"Não há nada mais luminoso que nossos faróis, por isso não passa de mentira essa história da existência do Sol, inventada pelos que pretendem diminuir o nosso valor fosforescente".
       
E os vaga-lumes dizendo amém, amém, ao supremo chefe, continuaram a vagar nas trevas, com suas luzinhas mortiças e talvez pensando - "se havia a tal coisa chamada Sol, deve agora ter morrido".
       
É o que deve ter acontecido com Teodora: ao invés de fazer sua reforma íntima e praticar o bem para merecer um melhor destino no futuro, preferiu continuar na ilusão de se poder fugir da verdade, só porque esta fora contestada pelos "deuses do Olimpo", reunidos em majestoso conclave.

Se calhar foi por isso que nunca se deixou de falar na Ressurreição, não a de Cristo, mas de todos os irmãos que partem. Quando rezamos uma missa por algum ente querido, por exemplo, é pedido a Deus que receba a alma dessa pessoa, que "partiu deste mundo na esperança da ressurreição" (ou algo parecido com isto).

Boa partilha.  :)

A palavra Reencarnação foi cunhada por Allan Kardec no Livro dos Espiritos (1857) a palvra usada antes disso era palengenesia. No Antigo Egipto já acreditavam que era possivel nascer de novo.