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Amei-te até onde me foi permitido amar, mas acabei por perceber, ainda que com pequenas incertezas, que eu só via amor onde não existia nada. Apenas uma busca incessante em ferir os meus sentimentos. Hoje continuo a amar-te, apesar de amar de forma diferente e com o coração partido, ainda assim entendo que seguir em frente é uma questão de amor próprio.

Cansei de ouvir que quem ama e gosta de verdade não desiste.. Agora sei que nem sempre funciona dessa forma, pois eu desisti. E desisti, não porque não gosto de ti, mas porque percebi que não havia mais condições para continuar a amar-te e que eu era a única a lutar para que tudo fosse perfeito (mas infelizmente, não foi suficiente). Desisti pura e simplesmente, porque percebi que nunca existi na tua vida e com isso, entendi que insistir em algo que não tem futuro é como caminhar a largos passos e ter a sensação que por mais que caminhes, não saíste do lugar. ´

"Gosto de ti e ainda te vou provar isso", foram essas as palavras que pronunciaste vezes sem conta. "Ainda", disseste tu, porque neste momento não faz nenhum sentido mostrares-me isso.

" Gosto de ti e tenho saudades tuas" dizias tu. Talvez o tempo seja escasso e por isso mesmo o pouco que se tem deve ser bem aproveitado cuidando das nossas prioridades, e eu que me contente com a saudade de que um dia num passado não muito distante brincávamos aos namorados.

O "gosto muito de ti e ainda te vou provar isso" transformou-se num nítido " mereces alguém melhor do que eu". E ter ouvido isso foi como se lâminas despedaçassem o meu coração. Doeu muito e varias coisas passaram pela minha mente. Saber que alguém que supostamente gostava de mim estava a abrir mão para que eu pudesse ser feliz ao lado de outra pessoa, foi no mínimo irónico, tenho que admitir.

Surgiam as pequenas e grandes duvidas que ficavam na minha consciência, tentava achar resposta para algo tão óbvio, mas que eu não queria ver, ate ao momento que percebi que, afinal, tu não gostavas assim tanto de mim como dizias gostar. E sinceramente? tenho sérias duvidas se algumas vez gostaste. porque alguém que gosta de ti, jamais abriria mão de viver o amor ao teu lado. Alguém que gosta de ti preocupa-se e tenta acertar as coisas quando algo não esta bem.

E contigo, pelo contrário, foi sempre tudo tão estranho. A tua forma de agir, desaparecias, reaparecias como se nada se passasse e com a história já tão repetida "tive saudades tuas, eu juro que vou mudar, perdoa-me"...
Tudo palavras ditas da boca para fora, porque se querias, fazias com que desse certo e não estavas sempre a arranjar pretextos para justificar as tuas falhas e ausências. Só não muda quem não quer, porque tudo depende única e exclusivamente de nos próprios.

Decidi mudar e seguir em frente. Dar oportunidade a alguém que me queria, tanto o quanto um dia eu te quis. Custa, mas custa ainda mais submeter-me a alguém que é vazio , inconstante e egoísta por natureza. Alguém que não tem amor por ninguém, apenas por si mesmo e que pior ainda, precisa iludir e enganar para se sentir maior e melhor.

Aprendi que não adianta perder tempo à espera da mudança por parte daquela pessoa que julgam que ainda vai mudar porque pode nem acontecer. Eu decidi que mereço MAIS e que quero alguém de valor na minhas vida. Alguém com quem possa contar e que sabia valorizar quem eu sou. e sabes? tu também podes fazer o mesmo.

Uma pessoa de verdade tem carácter e age como tal, quem realmente quer, dá um jeito e para mim é óbvio que quem não quer, arranja desculpas infinitas e promessas que nunca consegue cumprir.
Obrigada por me teres mostrado isso.
Black_Venus
"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Fernando Pessoa

Que o digam os politicos. Prometem mas cumprir que é bom ta quieto!

A vida é curta.Quebre as regras,perdoe rapidamente,beba lentamente,ame verdadeiramente,ria incontrolavelmente  e nunca se arrependa de nada que te faça sorrir!

:)

"Matar o sonho é matarmo-nos. É mutilar a nossa alma. O sonho é o que temos de realmente nosso, de impenetravelmente e inexpugnavelmente nosso."
Fernando Pessoa