É isso... é como vai ficar.

Todos os dias gosto de estar sozinha durante um tempo.
Gosto de passear sozinha, gosto de contemplar o mar sozinha, gosto de ler sozinha, gosto de ouvir musica sozinha, gosto de escrever sozinha, gosto de observar sozinha, gosto de investigar sozinha. Gosto de estar comigo.
Gosto mesmo muito de estar comigo.
Partilho contigo porque gosto e preciso de ficar sozinha.
Porque quando estou sozinha, encho-me.
Porque quando estou sozinha não sou solitária.
Como tu dizias: _E não és? Não. Não sou. 
Primeiro porque me amo a mim mesma.
Primeiro porque sou autentica e sem mascaras.
Primeiro porque quando estou sozinha encho-me, transbordo.
Primeiro porque quando estou sozinha movo-me como um mestre, não como um mendigo.
Sabes quando arrastas um assunto?
Arrastas e adias. Evitas e inventas.
Primeiro porque sozinha acabei por resolver um destes 'arrastos' na minha vida.
A sensação?
Sinto-me leve, tranquila e com espaço cá dentro.
E quando estiver sozinha durante um tempo, vou enche-lo de novo até transbordar.
Sabem, estes 'arrastos' nos roubam espaço de ser.
Adiaste outra vez?
Ontem disseste que seria hoje, que irias cuidar de ti.
Adiaste outra vez...
Não. Não adiei, precisava de tempo... Precisava da minha solidão. Ela estava em falta para comigo.
Inspiraste-me tanto. Nem imaginas quanto.
Acordas-te em mim uma vontade de ser melhor, todos os dias da minha vida.
Pedi que me escutasses.
Pedi que me respeitasses.
Pedi que fosses coerente que nunca mentisses.
Ninguém gosta de mentiras.
Sabes, às vezes pensamos que é apenas uma meia verdade... (mesmo sabendo que não existem)
E cada dia que passava cada palavra que lia, sentia-me pesada. Quanto mais pedia mais me focava no que não estava a receber, e por isso pedia mais e mais...
Coisas simples, é certo. Mas pedia.
Quando me apercebi que a leveza não vinha porque ela já estava em mim, mudei o foco e, literalmente, me senti melhor, mais leve.
O ambiente à volta mudou pois correspondeu ao meu foco.
Agora só tenho a agradecer. Agradecer.
O mais fantástico é que comecei a receber.
Não porque pedia.
Mas porque naturalmente existe uma resposta ao que emito. Sempre.
Lembras-te de mim?
Aquela que deseja dizer o que pensa e sente.
Aquela que deseja gritar.
Aquela que deseja rir.
Tentei, sabes que tentei te dizer o que sentia e via quando minhas pálpebras se fechavam.
Eu tentei, sabes que sim. Mas desdenhas-te de mim.
Ela, ela sou eu.
Sou uma eterna aprendiz que no traçado da história tenta entender quem sou.
Sou apenas uma caminhante à procura de mim mesma.
Não desaparece.
Não morre.
Apenas fica em silêncio esperando pacientemente...
E perguntas tu. Porquê?
Porque eu sou o que eu sou.
Eu não consigo evitar a mim mesma.
Eu nunca mudarei os meus caminhos.
Não é uma fase, é como é...
É isso...
É como vai ficar...
E que todos os dias tenha tempo de estar sozinha durante um tempo.
Aqui vai um abraço, um sorriso, um ombro.
Inspira. Recebe.
Ziv@ 27.07.16

Adorei Ziva!

sim, muito bom