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     O medo da morte e do que está para além dela cria-nos uma dependência do divino. Restringe-nos a liberdade de escolha que deveria ser o bem mais precioso que é nosso por direito logo à nascença.

     Desde crianças que somos confrontados com a existência de deuses e demónios, de anjos e santos a quem devemos recorrer para que as nossas necessidades e frustrações sejam atenuadas, castrando no nosso subconsciente a força de lutar-mos por nós mesmos pelos nossos ideais.

     Pedimos a deus e aos anjos que nos auxiliem a arranjar um emprego e quando muito arranjámos um em que somos explorados por um patrão sem escrúpulos que somente vê nos seus semelhantes máquinas descartáveis de criar riqueza. E nós agradecemos com orações a miséria que por amor nos auxiliaram a encontrar.

     Pedimos ao anjo da guarda protecção no inicio do dia e somos assaltados na paragem do autocarro. Somos vitimas da alcovitice dos colegas de trabalho que tudo fazem para denegrir a nossa imagem. Só descobrimos a doença quando os danos físicos já são grandes e muitas vezes já sem hipóteses de cura. Ao fim do dia agradecemos-lhe a protecção, embora ele, se existe, nos tenha deixado ao abandono pois não nos deus a mínima intuição que nos permitisse evitar as desgraças que se avizinhavam. Ensinaram-nos que é o karma por isso está justificada a existência de um guia: - conduzir-nos por forma a obrigar-nos a passar por todas as tragédias que acontecem na nossa vida.

     As pessoas casam na igreja da sua religião e perante deus juram fidelidade e amor eternos. Metade dos casamentos descambam em maus tratos físicos e psicológicos em que o amor se transforma em domínio. A vitima refugia-se na prece procurando solução para o seu fadário e a solução que  invariavelmente recebe é mais porrada até que a morte ou o homicídio os separe. A isto assistem guias, anjos e santos, a menos que não ouçam as preces implorando auxilio que lhes são dirigidas.

     Pedimos a deus que auxilie as crianças que sofrem de fome e maus tratos às mãos daqueles que os deveriam fazer saudáveis e felizes e elas são maltratadas, violadas, comercializadas, mortas à fome e nas guerras, são assim roubadas da infância que as faria no futuro adultos felizes e responsáveis. Deus provido do seu coração de pedra faz de conta que não nos ouve pois os homens devem adorá-lo e não incomodá-lo com essa futilidade que é o sofrimento das crianças.

     Para que serve afinal deus e tantos anjos e santos? Será que o papel deles é serem testemunhas do nosso sofrimento e miséria física e moral pelos quais eles são os principais responsáveis?

     Qual o espírito realmente superior ou moralmente evoluído que conseguiria assistir, sem nada fazer, para minorar o sofrimento de milhões de crianças que vagueiam infelizes por este mundo que dizem criado por esse deus empedernido? O karma continua a ser a resposta para tudo pois à mentiras que são muito convenientes e servem de resposta ao que não tem resposta satisfatória da parte deles.

     Onde está o amor ao próximo que tanto nos impingem como moeda de troca para um futuro num paraíso celestial qualquer? 

     Segundo as leis que eles nos ensinaram e se realmente eles possuem os poderes que se outorgam e não os usam para auxiliar os que inocentemente sofrem, deverão ser eles os primeiros a usufruírem dos prazeres do inferno e com deus à cabeça para dar o exemplo.

     Neste mundo só é feliz quem despreza os seus semelhantes e de alguma forma os usa para deles obter beneficio, especialmente quando o conseguem à custa de provocarem danos morais e económicos naqueles que por necessidade, com o seu esforço os ajudam a subir na hierarquia criada pelos homens imitando as hierarquias divinas. Parece que só esses são bafejados pela intuição e pelo auxilio de forças divinas.

     Quem lê o que eu escrevo normalmente está tão divinizado que não perde tempo procurando de razão nas minhas palavras. Procura isso sim uma forma de libertar a sua consciência buscando nos livros palavras bonitas que contradigam o que eu escrevo não venha deus com um castigo só porque me lêem e ousam pensar no que eu digo.

     É isto que o cabeçalho do fórum me convida a escrever, pois é isto "que me vai na alma".

    Sejam felizes.

 Gostei muito.
Seria bom que todos partilhassem aquilo que lhes vai na alma.
E melhor ainda que aceitassem o que vai na alma dos outros.
"Treina-te para deixares ir tudo o que mais temes perder."

E faz muito bem em partilhar, eu gosto muito de o ler.

Porque é que as coisas são assim? Porque é que o mundo funciona numa tão grande contradição entre o que se deve e o que se faz?

No filme The Matrix, os humanos eram controlados por máquinas que os criavam e mantinham porque deles precisavam para retirar energia.

No filme, o mundo é como é, as coisa são como são, porque, segundo revela um dos programas que corre na Matrix, as primeiras versões da Matrix não eram nada como aquela. Nas primeiras todas as pessoas viviam bem e tinham condições para serem felizes. Isso foi um fracasso, os humanos rejeitaram totalmente aquela realidade, ou seja, não acreditaram que aquilo fosse real, que todos pudessem ser felizes.

No filme existem "programas" que passam por humanos e que tratam de conduzir os humanos, de os influenciar e/ou de os controlar, para que a integridade da Matrix se mantenha e tudo aconteça como tem de acontecer - seja pelos Agentes ou mesmo a Oráculo e o Arquitecto.

Quão diferente do filme Matrix é a nossa "realidade"?

O problema, como foi tão bem colocado pela personagem Neo, o problema é a escolha. Desde que as pessoas tenham a noção de que possuem algum poder de escolha, elas aceitam o programa que lhes é impingido.

Assim, admitindo que a realidade é estranhamente parecida com a ficção, tudo o que o mundo é, todas essas situações penosas, a dor, todas as contradições que apontou, são o resultado de escolhas. Escolhas feitas pela humanidade.

Só quando a humanidade começar a fazer escolhas diferentes é que este mundo se vai começar a transformar.

O problema é que as ilusões vão-se adaptando aos novos tempos. Se uma forma de controlo deixa de funcionar tão bem, outra aparece no seu lugar. Muda a roupagem. Só.
"A lei da mente é implacável:
O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que você acredita, torna-se realidade." (Buda)

Citação de: Fleite em Agosto 12, 2016, 06:26:47
     O medo da morte e do que está para além dela cria-nos uma dependência do divino. Restringe-nos a liberdade de escolha que deveria ser o bem mais precioso que é nosso por direito logo à nascença.

     Desde crianças que somos confrontados com a existência de deuses e demónios, de anjos e santos a quem devemos recorrer para que as nossas necessidades e frustrações sejam atenuadas, castrando no nosso subconsciente a força de lutar-mos por nós mesmos pelos nossos ideais.

     Pedimos a deus e aos anjos que nos auxiliem a arranjar um emprego


Compreendo muito bem esta forma de ver as "coisas". Mas, não posso subscrever.

Estamos em pleno século XXI. Nos últimos 50/60 anos houve avanços impensáveis em praticamente todas as áreas. A postura do homem face à religião e doutrina tiveram também a sua evolução. Positiva, no meu entendimento. Os "coletes de forças" que existiam, designadamente na igreja católica, para a maior parte da humanidade hoje estarão arrumados num qualquer arquivo do vaticano ou coisa parecida.

Nunca poderia a humanidade hoje com tanta ferramenta e informação estar à espera de intervenção divina para as suas maleitas. O principal foi-nos dado: O poder de escolha.

Não posso culpar Deus por não vir cá abaixo por ex. anualmente transferir o dinheiro dos orçamentos militares de toda a Terra para um orçamento a criar: "Crianças sem fome, com assistência médica e uma família que lhes proporcione educação e amor em todo o planeta".

Foi o homem que escolheu viver em sociedade. É o homem que escolhe os que presidem ao destino da mesma. Assim, o homem só pode queixar-se de si mesmo.



Citação de: Gabriel em Agosto 12, 2016, 08:09:57
Foi o homem que escolheu viver em sociedade. É o homem que escolhe os que presidem ao destino da mesma. Assim, o homem só pode queixar-se de si mesmo.

E as escolhas que a humanidade faz são livres? Ou são condicionadas? Precisamente para o homem chegar à conclusão que as coisas são como têm de ser, porque assim escolhemos que assim fosse?

Os coletes de forças mudam de aparência, mas não deixam de existir.
"A lei da mente é implacável:
O que você pensa, você cria; O que você sente, você atrai; O que você acredita, torna-se realidade." (Buda)

Boa tarde,

Este tópico está interessante e dou os parabéns pela iniciativa tomada. Deixarei também aqui o meu contributo, baseado nas minhas experiências e leituras.

Os meus pais não são crentes em Deus, Satanás ou outras divindades que possam existir. Possuem exactamente as mesmas ideologias no que diz respeito aos problemas existentes no mundo e que Deus ou outras entidades poderiam intervir, mas que não o fazem porque alegam que não existem.
Ora bem, toda a minha infância e adolescência foi isto, apesar de eu sentir, ver e ouvir coisas que mais ninguém sentia, via ou ouvia, mas sempre tentei ignorar e viver no meu pequeno mundo sem querer saber de mais ninguém.
O meu pai, sendo um Benfiquista ferrenho, por vezes ironizava e dizia-me "Pensa no Benfica, quando tiveres problemas e saberás superar tudo isso". É certo que algumas vezes resultava, mas outras vezes não resultava. Mas num papel afectivo, talvez pudesse ter sido mais atencioso e tentar saber que problemas me afectavam se tinha duvidas em algo, entre outros... Não o recrimino por isso, possivelmente ele deve ter passado pelo mesmo na minha idade e seja a forma mais correcta de ele ver as coisas.
Não cresci num berço de ouro nem numa família unida e feliz como muitas vezes passam nas séries e filmes que passam na TV. Não recebia muitos sentimentos bons por parte da minha família, mas quando me portava mal, lá me castigavam ou batiam, como era costume nessas épocas.
Mas adiante... Relativamente à minha crença em Deus, foi algo misterioso. A partir dos meus 20 anos senti algo em mim estranho.
Como nunca tive muitas amizades, muitas das vezes andava sozinho e perdido nos meus pensamentos e emoções. As minhas dúvidas eram muitas, mas as respostas nem sempre apareciam de uma maneira que eu as entendesse, logo à primeira tentativa.
Fui abordado por entidades que me queriam mal e tive de lidar com elas tanto acordado como a dormir. Muitas vezes questionava-as o que queriam de mim, mas nunca obtive qualquer resposta dessas entidades. O caso mais estranho que me aconteceu foi ter provocado essas mesmas entidades e usava a minha raiva contra elas, mas acabou mal para mim. Comecei a acordar com pequenos hematomas, arranhões e algum sangue nos lençóis da cama.
Andava desesperado com tudo isso e queria que tudo parasse, mas não sabia como o fazer. A situação mais complicada ocorreu durante uma noite em que ia a caminho da cama para ir dormir, a lâmpada do candeeiro simplesmente rebentou do nada e algo bateu contra mim (como se tivesse sido empurrado pelas costas no meio da escuridão do quarto) que me fez cair no chão.
Houve algo que parecia prender-me as mãos e as pernas e senti algo como se fosse corrente eléctrica a entrar dentro do meu corpo através da coluna. Eu queria gritar, espernear, desembaraçar-me daquilo mas não conseguia. Apenas mexia os meus olhos e chorava com a situação.
Normalmente essa "corrente eléctrica" durava alguns minutos e quando acabava e voltava a ter capacidade para me mexer,  levantava-me rapidamente e completamente assustado. Consultei alguns psicólogos, neurologistas e psiquiatras, mas não detectaram nada de anormal e que tudo isto poderia ser causado por ansiedade. Bem, eu quando estou ansioso sei que estou ansioso e não costumo ter estas situações.
Com o tempo fui tendo sonhos cada vez mais estranhos com entidades que vinham do céu, geralmente de noite. Sonhos que pareciam ser tão reais que acabava por acordar assustado com aquilo que via.
Cheguei inclusive a comentar alguns desses sonhos no antigo "Portugal Paranormal".
Agora vem a parte em que entra Deus...
Numa dessas noites em que andava completamente desgastado com estes sonhos, disse em voz alta "Deus, estás ai?"
Nas noites seguintes comecei a sonhar com livros e escrituras estranhas nesses livros. Comecei a ver um homem a ler esse livro para uma multidão de pessoas e todos o respeitavam.
Até que um dia, estava eu a caminhar na rua perto da minha casa e surgiu um homem que me abordou, que por sua vez, tem o mesmo nome que eu (Vítor). Ele trazia um livro bastante semelhante ao que vi no sonho.
Perguntou-me se estaria disposto a ouvir um pouco sobre as mensagens de Deus. Normalmente eu evitava essas pessoas, mas nesse dia, houve algo em mim que me fez prender a atenção nesse homem e no livro que ele trazia (Bíblia).
Estive a ouvir algumas leituras e a trocar algumas ideias e perguntei-lhe onde poderia adquirir um livro daqueles. O homem ficou contente por ter mostrado curiosidade pelas leituras que acabou por me oferecer a Bíblia dele.
É certo que nunca mais vi tal homem, mas a Bíblia permanece comigo.
Desde que a comecei a ler o mal que me atentava tem diminuído, porém agora têm sido os meus pais a terem os pesadelos que eu tinha. Eu já lhes perguntei se estariam dispostos a ler a Bíblia comigo, pudesse ser que também os ajudasse, mas rejeitaram. O meu pai inclusive, diz que ainda vou ficar maluco por ler a Bíblia...



     Indigo, ainda bem que com este tema contribuíu para o teu desabafo, e ainda bem que o fizeste, pois és a primeira pessoa que aqui no fórum descreve um pormenor importante de uma incorporação. Escreveste tu que: -e senti algo como se fosse corrente eléctrica a entrar dentro do meu corpo através da coluna. Repara que observador como és, e apesar do medo, sentiste o que realmente acontece, pois uma incorporação é assim mesmo. As entidades ENTRAM no corpo do médium pelas costas (coluna vertebral) ou pelo peito (coração) onde encontram os melhores canais para chegar ao cérebro, e usam a parte do nosso cérebro que permite a hipnose para dessa forma se usarem do corpo sem que o médium consiga reagir, o que faz com que após a incorporação ele não se lembre do que foi dito ou feito. Só com muita força de vontade se consegue controlar.

     Enquanto não habituados os médiuns ficam com dores nas costas ou no peito após incorporarem, como se tivessem tido um peso a oprimi-los. Isto porém não é o que dizem os livros dos que ensinam estas coisas, mas é o que se constata da prática com médiuns de incorporação.  Vá-se lá saber porque nos mentem.

     Tu sonhas-te que a solução dos teus problemas estava num livro e nos seus ensinamentos e de certa forma tudo aconteceu de acordo com o teu sonho, mas grande parte dos médiuns videntes, auditivos e de incorporação vêm a sua vida melhorar quando se ligam a uma religião e passam a seguir os preceitos religiosos, sendo porém quase certo que vão ver a vida andar para trás se um dia decidirem seguir sozinhos o seu caminho. Parece até uma espécie de punição pelo abandono. Uma coisa é certa, médiuns livres de guias e de religiões são perigosos pois podem descobrir o que o diabo esconde.

     Usa na prática as palavras bonitas que escreves no fim dos teus textos, pois a sabedoria começa mesmo na reflexão.