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Pais acorrentam filho de 10 anos no quintal

Iniciado por Xena, Maio 19, 2016, 12:19:08

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Xena

Irrequieto, respondão aos pais, com mau aproveitamento na escola. Bruno, de 10 anos, estudante do 3º ano do 1º ciclo numa escola perto da Jardia, Montijo, já tinha sido castigado de diversas formas. Mas nos últimos dias os pais foram ao extremo: para controlar o menor acorrentaram-no no quintal, onde o menino terá passado largas horas preso.

Ao final da tarde de terça-feira, uma denúncia anónima feita por populares à GNR do Montijo levou uma patrulha à residência da família, situada junto à Estrada Nacional, na Jardia. O menino estava no quintal, acorrentado por um pé, enquanto os pais se encontravam no interior da casa a preparar o jantar.

Após contacto com o procurador de turno do Ministério Público, os militares da GNR tiraram de imediato a custódia da criança ao casal. Bruno está agora numa casa de apoio da Segurança Social, tendo antes recebido tratamento médico no hospital do Montijo. Mostrava ferimentos nas pernas (aparentemente causados pelas correntes que, presas aos pés, lhe limitavam os movimentos).

Em entrevista à SIC, a mãe do menor recordou que o filho mudou o comportamento nos últimos anos. "Chumbou um ano na escola e nos últimos meses já fui chamada várias vezes à escola", descreveu. "Ele até já agrediu um colega. Puseram-no a fazer tarefas na escola, mas nem assim. Ele ri-se e diz que quer abandonar os estudos", relatou.

No local, populares disseram ao CM que Bruno chegava a entrar nas casas dos vizinhos, destruindo bens – entre eles vasos atirados a um poço. Interrogados pela GNR, os pais foram constituídos arguidos e sujeitos a Termo de Identidade e Residência.

A investigação deve agora ser entregue à PJ por crimes de sequestro e maus-tratos. A Comissão de Proteção de Crianças e Jovens disse que a criança nunca tinha sido sinalizada e vai interrogar os pais ainda esta semana.
O amor verdadeiro é eterno...

smaiza

Não corrigir nossas falhas é o mesmo que cometer novos erros.
(Confúcio)

Xena

Óh Malik, não tenhas dúvidas, muito pior que a pobreza monetária é a pobreza da alma.

Olha eu tenho um filho de 10 anos, é hiperativo, Deus e eu sabemos o quão difícil é lidar com a situação. Mas estes problemas resolvem-se com amor, atenção, conversa, às vezes é certo, têm de ser aplicados alguns castigos, porque faz parte da educação, mas jamais violência.

Há seres humanos que efetivamente são desprezíveis...  >:(
O amor verdadeiro é eterno...


Metatron

Embora concorde que os país desta criança foram longe demais, não estou certo de ela ficar melhor numa casa de apoio da Segurança Social. De facto, porque conheço a realidade de algumas dessas instituições, provavelmente ainda se vai tornar uma criança ainda com mais problemas, pois a acrescentar aos problemas que aparentemente já apresenta vai ver-se afastada dos país que de uma forma ou de outra são os pais.

Pessoalmente penso que ele antes estava a pedir atenção e agora vai-se começar a sentir culpado por ter provocado a situação. Não que tenha sido de alguma forma culpado, mas do mesmo modo que muitas vezes as crianças se sentem culpadas pelos divórcios dos país.

Na minha opinião nem os pais, nem o filho deviam ser punidos por esta situação. Deviam antes ser todos ajudados a ultrapassa-la. Mas não acredito que tal aconteça na sociedade que temos.

Xena

Citação de: Metatron em Maio 19, 2016, 09:30:52
Embora concorde que os país desta criança foram longe demais, não estou certo de ela ficar melhor numa casa de apoio da Segurança Social. De facto, porque conheço a realidade de algumas dessas instituições, provavelmente ainda se vai tornar uma criança ainda com mais problemas, pois a acrescentar aos problemas que aparentemente já apresenta vai ver-se afastada dos país que de uma forma ou de outra são os pais.

Pessoalmente penso que ele antes estava a pedir atenção e agora vai-se começar a sentir culpado por ter provocado a situação. Não que tenha sido de alguma forma culpado, mas do mesmo modo que muitas vezes as crianças se sentem culpadas pelos divórcios dos país.

Na minha opinião nem os pais, nem o filho deviam ser punidos por esta situação. Deviam antes ser todos ajudados a ultrapassa-la. Mas não acredito que tal aconteça na sociedade que temos.
É possível que aconteça sim.

Já trabalhei numa instituição de acolhimento de crianças em risco. O objetivo era sempre ajudar as famílias a reunir condições psicológicas e/ou financeiras para voltar a receber os filhos. Apenas em casos extremos as crianças acabavam por seguir para adoção ou para famílias de acolhimento.

Eu até entendo que tenha sido um ato de desespero pelo péssimo comportamento da criança, mas não acho de todo justificável, quando os pais se encontram perante uma situação de incapacidade de lidar com este tipo de situação têm onde recorrer.

Podem pedir ajuda a uma assistente social, recorrer a um psicólogo ou pedopsiquiatra. Acorrentar uma criança não é solução para nada.
A criança precisa de ajuda e os pais definitivamente também, mas penso que é um comportamento que tem necessariamente de ser punido.
O amor verdadeiro é eterno...

Metatron

A entidade a que chamamos "Estado", somos todos nós, e só existe porque toda a gente acha que estes tal como como outras pessoas que cometem crimes devem ser punidas, mas ninguém o quer fazer pessoalmente. Por isso inventamos esta entidade (estado) que cada vez tem mais poder sobre cada um de nós.

Na verdade não acredito que estes país tivessem muitas opções, porque em primeiro lugar, acho que não teriam as condições financeiras para pagar um terapeuta, e ao estado com a quantidade de dinheiro que gasta em autoestradas e PPP's não lhe sobra muito dinheiro para a segurança social.

Este caso seria apenas mais um que se iria arrastar pelos corredores da segurança social sem que esta família chega-se a receber algum tipo de ajuda válida, não digo que não fossem chamados a alguma consulta, mas de pouco ou nada iria servir.

Antigamente, uns tabefes bem dados e provavelmente o caso ficava parcialmente resolvido, mas devido ao ridículo a que chegou a entidade "Estado", estes país nem uns tabefes podem dar aos filhos.

Ironicamente, apesar de ser da responsabilidade do tribunal a punição destes país, alegadamente, rapidamente apareceram voluntários na policia para dar uns tabefes aos pais.

Na minha opinião isto é hipocrisia, não só da policia como da entidade "Estado", que como referi, somos todos nós.

Xena

Desculpa discordar mas tenho por experiência própria que é possível sim obter ajuda.
Tenho um filho de 10 anos hiperativo, tenho problemas com ele desde pequeno, fui ao prof Miguel palha, ao prof Lobo Antunes, gastei rios de dinheiro e onde encontrei ajuda foi no público sem ter de pagar nada e onde o meu filho é acompanhado há alguns anos. Às vezes temos de correr atrás e não desistir.
O amor verdadeiro é eterno...

Metatron

Fico feliz que tenha conseguido ultrapassar esse problema e desejo que o tenha conseguido sem recurso a medicamentos.

Mas ainda assim penso que o seu caso faz parte das excepções que confirmam a regra, mas desejo estar errado.